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domingo, 12 de agosto de 2012

CARTA DO CONDE D'EU


Sr. Dr. Armando Dias de Azevedo.

Sinto não ter podido, há tempo já, escrever-lhe. A SEPARAÇÃO DE MINHA DELICADA COMPANHEIRA DE MAIS DE 57 ANOS DEIXOU-ME MUITO ABATIDO, e, ultimamente, acresceram sufocações cardíacas, que provavelmente me privarão, com grande desgosto meu, de realizar meu projeto de ir ao Rio tomar parte na celebração do centenário da Independência Pátria. A alteração da minha letra, mostra-lhe o declinar de minhas forças, e a dificuldade que tenho em escrever. Deve fazer ideia quanto nos penhoram as demonstrações havidas nessa capital por motivo do nosso irreparável infortúnio: a inserção, por proposta sua, dum voto de pesar, na sessão do Instituto Histórico, e as diversas Missas rezadas. Queira receber meus sentidos agradecimentos e transmiti-los aos Srs. Cônego Balen, Olímpio Duarte, Nicolau Birnefeld Filho, que bem conheço por sua atenciosa correspondência,os quais, com o senhor obsequiosamente promoveram a Missa de 7º Dia agradecendo também as exéquias solenes a que se dignou presidir o Reverendíssimo Arcebispo Metropolitano....

Gastão de Orléans,

Castelo D'Eu, 24 de julho de 1922.

domingo, 22 de julho de 2012

A MORTE CATÓLICA DO CONDE D'EU


O Príncipe faleceu no dia 28 de agosto de 1922, vítima de um ataque cardíaco, a bordo do navio francês "Massília". (...) o grande católico e grande brasileiro, rodeado de sua nora, D. Maria Pia, e de seus netos D. Pedro Henrique(1), D. Luiz Gastão(2) e D. Pia Maria(3), confortado com os Santos Sacramentos, em plena lucidez e tendo pedido que lhe dessem o seu crucifixo, piedosa lembrança de sua avó paterna, a Rainha dos Franceses Maria Amélia, que lho dera no dia de sua Primeira Comunhão, para que, abraçado a ele, pudesse lograr a última indulgência plenária.
Poucos meses antes, já octogenário, assistira em Roma, ao Congresso Eucarístico Internacional, acompanhando, com grande fé, devoção e humildade e sem poupar sacrifícios, todos os exercícios e cerimônias. O corpo do Conde d'Eu foi depositado a 31 de agosto de 1922 na Igreja da Santa Cruz dos Militares, no Rio, onde o visitou, a 2 de setembro, o nosso caro confrade Adroaldo Mesquita da Costa, que achando-se, então, na capital da República, fez a gentileza de deixar no livro de presença, declaração de que também me representava, enviando-me, logo após, um cartão postal, que ainda conservo, com as seguintes palavras: "Acabo de chegar da visita que fiz à Igreja da Santa Cruz dos Militares, onde fui visitar o corpo do MARECHAL DA VITÓRIA, o nosso saudoso Conde d'Eu". 
A 30 de setembro, o corpo do grande príncipe seguiu para a França, no paquete brasileiro Curvelo, sendo deposto a 26 de outubro, no sarcófago  da capela mortuária da Casa Real de França, em Dreux, junto ao de sua excelsa esposa, a princesa D. Isabel".

______________________________
‎(1) D. Pedro Henrique era então o Chefe da Casa Imperial do Brasil pelo falecimento de sua avó, D. Isabel, em 1921. Tinha 12 anos de idade e era do maior interesse do Conde d'Eu apresentá-lo aos brasileiros.
(2) Morto em odor se santidade, aos 20 anos de idade, recomendamos que leiam em Documentos, o resumo de sua vida de autoria do Capelão de D. Isabel na França.
(3) D. Pia Maria, Princesa Imperial do Brasil de 1931 até o nascimento de D. Luiz, atual Chefe da Casa Imperial do Brasil, nas  memórias que editou de sua mãe, nada menciona sobre as homenagens prestadas ao Conde d'Eu no Rio de Janeiro. Preferimos nos abster de comentar seu relato deixando o tópico em aberto para quem melhor conheça o assunto.


terça-feira, 27 de setembro de 2011

Nossa Bandeira e Nosso Brasão!

Nossa Bandeira e Nosso Brasão!
(O início da Nossa Identidade Nacional)


Que nossa Comunidade Católica Monarquista está fazendo a exibir uma bandeira maçônica? Sim. Porque losangos são maçônicos, não?
...
Ah! Amigo, estais mal informado... É verdade que os maçons usam losangos, mas usam os de quatro lados quadripartidos como no pavilhão revolucionário. O que vês aí, é um losango uniforme. Eis um exemplo, ao qual não podeis julgar como maçônico:


Que brasão é este? Ora. É o de Santa Brígida da Suécia. Vais querer dizer que a santa era maçônica lá nos idos do século XIV? O simbolismo heráldico é simples: losangos são escudos de armas femininas. Outro exemplo é este:


Esta bandeira que estais a ver é um exemplo de bandeira heráldica feminina, foi usada pela Brigada Irlandesa dos Bourbons. Um destacamento do exército da França, mais praticamente uma guarda pessoal dos Bourbon de França, formada exclusivamente por irlandeses, assim como a Guarda Pontifícia é constituída só por suíços.
Essa Brigada Irlandesa, foi formada em 1692 e foi extinta formalmente pela revolução em 1792, quando da decapitação do Rei Luiz XVI. É claro, que não ficou só por isso mesmo. A Brigada Irlandesa auxiliou os camponeses da Bretanha, os Chouans (uma espécie de Vendeia, mais ao norte), na luta contra a república.
Não é de se espantar que Dom João VI tenha escolhido esta forma geométrica para fazer do Brasil uma nação maior que a França de Napoleão. E de fato, o primeiro projeto de Bandeira para o Reino do Brasil, e para o Príncipe Herdeiro de Portugal (entitulado Príncipe do Brasil) foi este, muito antes, do 1822:


Desde o casamento arranjado entre seu filho, Dom Pedro, e Dona Leopoldina de Habsburgo, Dom João VI quis que as cores das duas casas reais figurassem no Pavilhão de seu filho. Por isso este primeiro projeto de Debret, feito sob sua encomenda trazia o Losango Amarelo, dos Habsburgo e o fundo Verde, dos Bragança, que iriam perdurar até depois da traição de Deodoro e da Revolução de 15 de novembro de 1889. 
Mas, era preciso algum símbolo heráldico para o Pavilhão do Príncipe, e todos sabemos da aliança entre Portugal e Inglaterra, e do auxílio prestado por esta à nossa mãe pátria. E Dom João VI, para terminar de zombar de Napoleão, a quem enganara, encomendou de Debret o Brasão do Princípe do Brasil, com escudo em formato inglês, a coroa portuguesa tradicional, e louros amarrados, ou melhor, fumo e café, desenhados e laçados exatamente como nas bandeiras vendeanas abaixo:

 
E então, o projeto final de Debret ficou assim:


Só podemos concluir que Dom João VI, guiando o trabalho de Debret para criar o Pavilhão do Príncipe do Brasil, estava a reclamar a soberania das mais legítimas tradições européias contra-revolucionárias. Dom Pedro I, por decreto de 10 de novembro de 1826, apenas trocou a coroa real portuguesa pela Imperial, colocando nossa pátria e a nova velha bandeira sob proteção da Imaculada Conceição. (Quem acreditar que estou mentindo, leia os "Discursos" de Brasílio Machado)

Concluindo esta primeira parte: acreditar que nosso brasão, com Cruz de Cristo, esfera armilar dos Príncipes de Portugal, coroa imperial, losango da Brigada Irlandesa dos Bourbon, e os ramos de fumo e café enlaçados à maneira dos louros da Vendeia, seja coisa maçônica, só podemos considerar que seja coisa de gente que ou não tem o que fazer, ou não ama o Brasil, ou uniu o ódio ao ócio.
Pior ainda é essa gente propor que nossa nação regrida, e use aquele brasão com pau Brasil mal-pintado e uma cruz insignificante, e a bandeira branca e vermelha. Essa é a segunda parte desse nosso estudo heráldico:






Eis aí a proposta dos molecotes para substituir o brasão da república e até o da família Bragança. Ele só olvidou-se, quiçás maliciosamente, do fato desse escudo nunca ter sido oficial, e só constar, durante 400 anos de colonização em dois livros de registro, sendo um, o da Companhia das Índias Ocidentais. Talvez o partido verde e os ecologista gostem da proposta e ele encontre aliados à sua causa monárquica sem coroa.
A terceira parte, nosso cometário sobre a proposta de bandeira:

Esta é proposta para substituir, os mais de 190 anos TRADIÇÃO de verde e amarelo.
A Cruz de Cristo, que já figurava na Bandeira Imperial, devidamente honrada com a coroa e a esfera armilar, deixou de ser usada... calma aí... NUNCA foi usada. Foi apenas a bandeira que Cabral plantou ao chegar. Não era bandeira de Portugal à época, a Bandeira desta província de aquém-mar foi a esfera armilar do Príncipe da Beira, que pasosu a ser tratado como Príncipe do Beasil. A Cruz só foi incorporada quando dom João VI encomendou de Debret o Brasão conforme comentamos acima. 

Agora detalhe pro absurdo: A Cruz de Borgonha! Que raio tem os carlistas a ver com nossa Terra de Santa Cruz? Nada contra os carlistas, que são católicos e desejam ver Dom Sisto reinar... mas reinar na Espanha, NUNCA na Pátria Mãe Portugal, e na América Latina. Isso é iberismo, erro republicano dos maçons portugueses, transfigurado aqui pelos comunistas em Pan-Americanismo.
Depois vêm dizer que Dom Pedro I era maçom com essas proposta estapafúrdias, anacrônicas, e malucas? E pior anti-patrióticas. Sobre Dom João VI, e seus descendentes, em especial da luta deles contra a maçonaria, o pan-americanismo e o iberimso, nosso grupo postará assim que possível. 
O nosso objetivo aqui, com este artigo foi esclarecer a dúvida que essa gente, está a plantar, gerando nos católcos um ódio à história da pátria, às cores da nação, e à Soberania do Brasil, e até a de Portugal, sob a capa de tradicionalismo. Temos que amar nossa VERDADEIRA tradição e não fazer como os comunistas que querem à todo custo apagar a história das pátrias onde se instalam. Deus abra os olhos de quem odeia a pátria com tais mentiras e propostas.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O que é Monarquia?




















A. Monarquia é fundamentalmente uma forma de governo em que o chefe de estado e/ou de Governo tem o título de rei ou rainha(ou seus eqüivalente) e a ele se atribui uma importância religiosa e/ou simbólica. O termo também designa: a) uma instituição dentro da forma de governo; e b um Estado que possui tal forma de governo ou tal instituição.

















B. O que se segue diz respeito ao sentido principal do termo, uma vez que os ideais dele decorrem.


















B.1. Para Aristóteles, monarquia significava "governo de um homem", quer sob a forma de 'realeza', quer de 'tirania', uma deturpação daquela (Política. 336-22 a.C., principalmente livros III e IV). Desde então o termo tem sido aplamente reservado à realeza. R. Filmer também sustentou que "a monarquia é o governo de um só" (LASLETT, P. [org.]. The anarchy of a limited or mixed monarchy, 1648. Oxford, Blackwell, 1949. p. 281), mas refere-se a "um só", como rei que se legítimo, reina em virtude do direito divino como pai do seu povo (LASLETT, P. [org.]. Patriarcha, 1680. Oxford, Blacwell, 1949).


















B.2. Modernamente, esse governo ilimitado é chamado de monarquia absoluta, em oposição à monarquia constitucional ou limitada. Esta última corresponde a um sistema em que o chefe de Estado é um monarca que, embora exercendo importantes funções cerimoniais e formais, somente desempenha um papel governamental em circunstâncias clara e minuciosamente definidas - por exemplo, ao escolher um primeiro-ministro sob o sistema de governo de gabinete. Nesse sentido é que se afirma: "Embora a Índia ... venha a ter um presidente eleito, ele será, de fato, um monarca constitucional" (JENNINGS, W. I. The Commonwealth in Asia. Oxford, Clarendon Press, 1951. p. 92).









B.3. Na distinção entre governo monárquico e republicano, três aspectos principais geralmente se destacam:









a) Muitas vezes ela se expressa apenas nesta afirmação: "Onde o Chefe de Estado é um presidente, o Estado é um república, e onde o Chefe de Estado é um rei(ou uma rainha, ou qualquer título comparável), tem-se uma monarquia ou reinado" (WHEARE, K. C. Modern Constitutions. London, Oxford Univ. Press. 1951. p. 41).









b) Freqüentemente cita-se a sucessão hereditária pra caracterizar a monarquia. Mas "o direito hereditário é apenas um dos (...) degraus pelos quais o trono pode ser atingido, sendo os outros a eleição, a nomeação pelo predecessor(...). (JOHNSON, H.J.T. Monarchy in eclipse. In: The Cambridge journal. 1948. v. I. p. 268).










c) A monarquia se distingue das instituições não-reais pela presença simultânea ou não de um desses dois fatores: I) um significado (...) religioso, assinalado por ritos especiais de coroação. Assim, W. Bagehot escreveu sobre "a reverência mística, o devotamento religioso, que são essenciais a uma verdadeira monarquia" (The English Constitutions. London, Chapman & Hall, 1867, cap. I); e J. G. Frazer ilustrou antropologicamente esse tema (The golden bough.London, Macmillan, 1890-1914; e Lectures on the early history of kingship. London. Macmillan 1905);













II)Uma função simbólica especial: veja-se, por exemplo, a declaração oficial de que o "O Kabaka... continuará a ser o sémbolo da unidade do povo de Buganda e da continuidade entre seu passado, presente e futuro" (SMITH, S. A. de Constitutional monarchy in Buganda. In: Political quaterly. 1955. p. 12)













Bibliografia:






G. C. Moodie in Dicionário de Ciências Sociais, FGV.

sábado, 17 de setembro de 2011

Domingo é um dom?







Domingo é um dom?





















































O domingo é mesmo um senhor dia. Um dom de Deus. Essa senhoria dominical, "dominicus", anda nos nomes das pessoas chamadas Domênico,Dominique e Domingos. Está presente, de forma mais curtinha, na expressão DOM, um um título principesco e real: Dom Pedro I ou DOM LUIS DE ORLÉANS E BRAGANÇA. Ela significa: meu senhor, em latim DOMINUS MEUS (1). O mesmo título é dado pela Igreja a seus bispos: Dom Odilo, Dom Celso e tantos outros. Na França, os bispos também tem esse título de senhores, mas não com a expressão dom e sim monsenhor, Meu Senhor, " Monseigneur".(2). No Brasil, o monsenhor não corresponde obrigatoriamente a um bispo e sim a um título honorífico. Ele é concedido pelo Papa àqueles que exercem determinados ofícios eclesiásticos e também a sacerdotes. Nos países hispânicos, a expressão "Dom" é bastante empregada para designar pessoas nobres, respeitadas ou de destaque na sociedade.


































Fonte: Guia de Curiosidades Católicas. Evaristo Eduardo de Miranda.2007. Petrópolis. Editora Vozes. 277pp. Citação pp. 249-250.










































(1). DOMINE MEUS ET DEUS MEUS. Católicos de sempre assim proclamam a divindade de Nosso Senhor no momento da Consagração. O Papa Gregório XIII, em sua Constituição " AD EXCITANDUM", DE 10 DE ABRIL DE 1586, concedeu 300 dias de indulgência a todos que assim proclamassem a majestade de Nosso Senhor ao soar dos sinos na hora da elevação das Santas Espécies.


































(2). Quando fui apresentado ao Senhor Conde de Paris, então Chefe da Casa Real de França, pelo Sr. Guy Coutant de Seisseval, pude constatar que "Monseigneur" era e é a forma com que os franceses se dirigem ao Rei.