sábado, 28 de janeiro de 2012

GLORIOSO PAVILHÃO

GLORIOSO PAVILHÃO
(Gustavo Dodt Barroso)



"Bandeira do Império do Brasil criada pelo decreto de 18 de setembro de 1822, assinado por dom Pedro I e referendado por josé bonifácio. A influência do losango maçônico-francês pe manifesta, MAS AS ARMAS IMPERIAIS AO CENTRO CRISTIANIZAM O GLORIOSO PAVILHÃO." (GUSTAVO Dodt BARROSO, História Secreta do Brasil, 1936, BRASILIANA vol. 76, São Paulo, Edições da Companhia Editora Nacional, pág. 265)*

AS DAMAS PAULISTAS

"E ostentando no braço pela primeira vez também, o novo laço verde e amarelo, as novas cores do Brasil independente, tudo arranjado às pressas por UM GRUPO DE DAMAS PAULISTAS, combinando-se o verdade DA CASA DE BRAGANÇA com o amarelo do ouro de nossas minas, o verde num laço de fita, o amarelo NUM ANGULO de metal dourado, ambos à servirem depois de fundo para a Bandeira Brasileira, tão bela, que nasceria por efeito do decreto do dia 18, segundo desenho de Debret." (BRASIL GERSON, "A revolução brasileira de D. Pedro I", São Paulo, José Bushatsky editor, 1971, pág. 125)*

De posse destas duas citações passadas pelo Paulo Woolf segue-se o raciocínio:

Estranho que ao ter citado o losango como maçônico, tenha-se até agora cirurgicamente cortado pela metade a palavra do acadêmico Gustavo Barroso, muito conhecido pelo indiscuvel patriotismo e alto conhecimento sobre a maçônaria, quanto ao mais Paulo Woolf achou que se tratava de uma questão heráldica, posto que em França armas femininas são a mais das vezes inclusas em losango, e Debret, autor do pavilhão Imperial, era francês. O texto do historiador Brasil Gerson, no entanto sugere que teria se tratado apenas de arranjo artístico de senhoras paulistas, e como se sabe bem, o movimento maçônico apenas inclui homens não podendo portanto tal proposta ter origem maçônica.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Pio IX e Dixieland


Um dos fatos mais negligenciados dos tempos da guerra civil americana é a simpatia que o Sul ganhou do mais influente monarca de Europa – O papa de Roma.
O papa Pio IX nunca assinou efetivamente qualquer tipo de aliança ou “afirmação de apoio” com os Estados Confederados da America, mas aqueles que entendem a nuance do protocolo papal, o que ele fez foi um tanto impressionante. Ele reconheceu o Presidente Jefferson Davis como “O honorável Presidente dos Estados Confederados da America."
Para isto nós podemos pegar Três coisas sobre o Papa Pio IX
1.      Ele chamou Jefferson Davis pelo titulo habitual de “Honorável”
2.      Ele o reconheceu como presidente de uma nação
3.      Ao fazer isto, ele (ao menos a nível pessoal) efetivamente reconheceu que os Estados Confederados da America como uma entidade soberana, separada dos Estados Unidos da America

Noticias sobre isto chegaram ao Norte, e a Casa Branca estava consideravelmente irada sobre isto, incitando uma resposta do Vaticano que a Carta do Papa não tem um significado de um reconhecimento “Oficial” no sentido formal.
A carta do Papa a Jefferson Davis estava acompanhada de uma imagem autografada do Papa.
Há muitas possíveis razões porque este Pontífice seria simpático aos CSA e seu presidente, mas a mais provável é que o Papa Pio IX reconheceu na tradicional cultura Cristã do sul, uma mentalidade oposta ao avanço do modernismo liberal. Você vê que Pio IX que compôs o famoso “Syllabus de erros” , que condenou as filosofias modernistas do liberalismo, humanismo, secularismo e marxismo. É especulado que Pio IX viu na confederação um movimento político mergulhado na tradição cristã européia, e, portanto, um potencial aliado contra o modernismo liberal no continente Norte Americano. Infelizmente, a Confederação foi derrotada, e o Presidente Davis foi capturado. Como a “desconstrução” do sul começou, e Davis esperava seu julgamento, é entendível por que o Papa seria simpático.
O Papa Pio IX foi uma figura reverenciada no Sul do pós-guerra. O General Robert E. Lee manteve um retrato dele em sua casa, e se referia a ele como o único verdadeiro amigo do sul durante seu tempo de necessidade. Ambos Davis e Lee eram Episcopais, como eram muitos sulistas antes da guerra, uma denominação que tinha muitas coisas em comum com o catolicismo antes da influencia modernista do Século XX. Davis era visitado freqüentemente por freiras católicas sulistas durante sua prisão, que entregavam mensagens para ele e rezavam por sua liberdade. Ele eventualmente foi libertado, nunca passando por julgamento, em razão de que ele nunca cometeu um verdadeiro crime.
. Acredita-se que a maioria dos ministros do Supremo Tribunal dos EUA naquela época reconheceu o direito de secessão.

Americanos do sul de hoje deveriam se confortar sabendo que a antiga confederação teve um amigo europeu, e apenas aconteceu de ser um dos mais respeitados homens do mundo- não apenas um chefe de esstado, mas tambem o lider da maior religião Cristã do mundo. O dia vira quando o Papa Pio IX sera canonizado como santo, Ele ja foi beatificado, o que o coloca bem nesse caminho. Quando este dia chegar, os Sulistas terão um especial direito especial para se gabar, não muito apreciada por muitas nações ainda hoje. Eles não só poderão ser capazes de melhorar as simpaticas durante e depois da grande Guerra, mas ele tambem terão em sua posse coletiva uma reliquia do homem, uma carta escrita a mão e uma foto autografada.

sábado, 21 de janeiro de 2012

219º Aniversário de Martírio de SM. Luis XVI

(*23 de agosto de 1754/ + 21 de Janeiro de 1793)

Neste dia 21º de janeiro, unimos nossas preces pela alma do rei, que foi brutalmente assassinado e martirizado por um tribunal ilegítimo, cruel, e desonesto: a Convenção, órgão da Revolução de 1789.


PIE IESU DOMINE DONA EI REQUIEM

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O ERRO DO IBERISMO (III)

Dom Afonso Henrique, primeiro rei de Portugal. Independência inspirada pela por Deus na Visão de Ourique, consolidade pelas lutas contra o Reino de Leão e reconhecida pelo Papa.

Continuação do Raciocínio.

Os monárquicos espanhóis desejavam a federação, e como os monárquicos portugueses... também eram monárquicos e Antonio Sardinha cultiu a amizade pessoal com o conde de La Mortera, logo - os monárquicos integralistas foram iberistas.
É claro que em Espanha, na generalidade, tanto os monárquicos como os republicanos queriam a federação ibérica. Pudera! A federação apresentava-se aos espanhóis com o fácil e seguro para a unificação, isto é, para a absorção de Portugal.
O iberismo, nos espanhóis, era, portanto, filiado no seu nacionalismo. Não admira, pois, que as manifestações iberistas dos políticos republicanos suscitassem em Afonso XIII certas  ambições imperialistas. Não eram eles  próprios a preconizarem a equiparação de Portugal a uma qualquer província espanhola?
Se o federalismo, no ponto de vista espanhol, era nacionalismo e engrandecimento de Espanha, para os portugueses era traição à Pátria, porque significava a perda da independência nacional.
Alguém não compreende esta diferença? E outra coisa: não se distingue também a diferença que existe ente federação ibérica (aspiração dos seus correligionários) e a ideia de Antonio Sardinha exposta no seu Livro "A Aliança Peninsula" (que o conde de  La Mortera prefaciou  com entusiasmo), ideia esta hoje parcialmente posta em prática com o Pacto Peninsular?
A confusão será por ignorância ou por má fé?
De qualquer maneira...

Um Episódio Iberista, há 30 anos

Temos desdobrado na nossa frente um panfleto antigo, datado de 22 de Fevereiro de 1930, com o título? "Aos portugueses - repelindo uma Afronta." Refere-se este panfleto ao escandalo de uma entrevista feita por um jornalista da capital a Alexandre Lerroux, esse político descarado que haveria de ser, por 4 vezes, presidente de ministério da 2ª República Espanhola.
Eis o final dessa Entrevista:
- Como encara a República? Federativa?
- Em doutrina, sou por uma República Federativa, mas aceito qualquer.
Faz-se uma pergunta fácil de supor.
- Portugal!... Mas podíamos fazer lindas coisas! Um concerto intelectual! Iríamos até à abolição de fronteiras, se quisessem. Em duas palavras: Fraternidade e Intimidade.
Há que areditar em Lerroux e olhar para ele como se fosse o futuro.
Mas conhece alguém  o nome do jornalista que teve o desplante de dizer aos portugueses haver de se acreditar em Lerroux e <olhar para ele como se fosse o futuro>?
Sabe qual foi o jornal que permitiu inserir nas suas colunas, com palavras de apoio, esta infame proposta de traição à Pátria?
Então oiça, se não sabe: o jornalista entrevistador foi Arthut Portela.
Folhei a coleção do "Diário de Lisboa" e procure o do dia 20 de fevereiro de 1930, que lá encontra a entrevista completa.
Artur Portela era monárquico, ou era seu correligionário?
E o "Diário de Lisboa" alguma vez deixou de ser um jornal republicano?
E agora quer saber quem subscreveu o panfleto que prostetava contra a propaganda iberista: "Aqui repetimos que não queremos que Portugal passe das mãos dos Portugueses"?
Quem o subscreveu foi a Junta Escolar de Lisboa do Integralismo Lusitano.

O Iberismo de um Antigo Chefe de Governo

José Domingos dos Santos foi, como se sabe, um chefe político em evidência na al esquerda da 1ª República. Em novembro de 1924, presidiu ao seu 38º Ministério. Em parêntesis, lembremos aqui que esta 1ª fase, ou face, da República, foi caracterizada por uma extrema mutabilidade de Governos, extamente ao invero da 2ª fase, ou face - o "Estado Novo" -, que teve como característica a extraordinária imutabilidade governativa.
Na 1ª República, de Outubro de 1910 a Maio de 1926, em 15 anos e meio tivemos 42 ministérios, numa média de 4 meses de duração para cada um. Em quarenta anos de 2ª República - o <Estado novo> - o chefe do governo foi sempre o mesmo.
Os contrastes, e os excessos, em que, por sina fatal, sempre se debate a República...
Mas fechemos o parentesis e continuemos.
José Domingos dos Santos, após o "28 de Maio", passou a viver exilado em Paris. Aí, em 1946, o jornal "paysage" entrevistou-o sobre a política portuguesa. São dessa entrevista as suas seguintes palavras:
" - Portugal é parte da Peninsula Ibérica. Um Portugal mais ou menos longínquo formará  com a Espanha e a Catalunha uma federação que constituirá garantia de independencia da Península."
O 1º de Janeiro, do Porto, comentou nestes termos esta passagem da entrevista: O pensamento contido nestas palavras costumamos encontrá-lo em escritos de estrangeiros, principalmente de alguns extremistas espanhóis, que nunca deixaram de alimentar esta esperança de unificação seria, no caso, a absorção, a perda de independencia de Portugal. Admitir um português  este facto e preconizá-lo, seria uma obra de traição. Triste caso é que a paixão desvaire a este ponto quem, pelas responsabilidades de chefe de uma política , embora errada, tinha o dever de manter sempre e acima de tudo português".

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O ERRO DO IBERISMO (II)


Dom João IV, aclamado Rei contra a união ibérica 
Observa-se logo o descaso dos iberistas para com as tradições portuguesas. Desprezam o Estado-nação e promovem um Portugal que eventualmente seria absorvido por uma Espanha maior e mais populosa. Aqui, desprezam nossas tradições imperiais... Repudiam nossa Bandeira, símbolo do nosso Estado-nação e querem nos submergir numa proposta ibérica em que ficaríamos sozinhos com os portugueses no meio de uma quantidade sem fim de republiquetas ibéricas! Nosso carinho à Espanha, a Portugal, e a nossos vizinhos latino americanos. Nosso não ao iberismo.

O Jantar de Badajoz.

Do lado português, quem foram os participantes na célebre reunião iberista, que teve lugar, em 24 de junho de 1893, no Teatro Ayala , de Badajoz?

Às págs. 261 de "Féderation Ibérique" começa por dizer Magalhães Lima, referindo-se ao Congresso de Badajoz:
"Os republicanos portugueses devem felicitar-se de terem cooperado nesta grande obra de paz, de amor, de fraternidade, de concórdia e de solidariedade. Ela fica como a mais bela página da história do partido republicano português e do partido republicano espanhol."

O programa iberista.

No que consistia, em resumo, o ideal iberista?
Foi Henrique Nogueira, "o fundador do partido republicano português, quem expôs a questão do federalismo pela primeira vez, como devia ser posta", assevera Magalhãs Lima, e acrescenta: "Os republicanos portugueses adoptaram as suas ideias como parte fundamental do seu programa".
Então, diz Henrique Nogueira:
"Cada povo peninsular que tem ou teve, nos antigos tempos, uma existência de independente, deve conservá-la ou conquistá-la de novo para formar um elemento constitutivo da federação futura. A federação, nesta hipótese, deverá compor-se dos estados seguintes: Portugal, Galiza, Astúrias, Biscaia, Navarra, Catalunha, Aragão, Valencia, Murcia, Granada, Andaluzia, Estremadura, Castela-a-Nova, Castela- a Velha, Leão" (Féderation Iberique, pág.148), "sob a forma de uma República democrática federal" (Féderation Iberique, pág. 149).
Nem mais nem menos: Portugal, com o seu Ultramar (ou sem ele?), descia à categoria de uma província espanhola!!!
H. Nogueira tentava em vão, e muito mal, adoçar a pílula: "Nós queremos a federação, mas repelimos a fusão". Magalhães Lima, porém, é mais claro e perfilha, no seu livro, as seguintes conclusões de Proudhon: ‘Duas ordens de ideias agitam, nestes últimos tempos, os espíritos - as ideias de unificação das grandes raças (pan-eslavismo, pan-germanismo, pan-latinismo) e as ideias federativas. Estas duas ideias, antagônicas na aparência, tendem para o mesmo fim, isto é, a unificação pela federação.’"( Féderation Iberique, pág. 18).

Paulo Evaristo "Woolf"
Continua...