O Príncipe faleceu no dia 28 de agosto de 1922, vítima de um ataque cardíaco, a
bordo do navio francês "Massília". (...) o grande católico e grande
brasileiro, rodeado de sua nora, D. Maria Pia, e de seus netos D. Pedro
Henrique(1), D. Luiz Gastão(2) e D. Pia Maria(3), confortado com os Santos
Sacramentos, em plena lucidez e tendo pedido que lhe dessem o seu crucifixo,
piedosa lembrança de sua avó paterna, a Rainha dos Franceses Maria Amélia, que
lho dera no dia de sua Primeira Comunhão, para que, abraçado a ele, pudesse
lograr a última indulgência plenária.
Poucos meses antes, já
octogenário, assistira em Roma, ao Congresso Eucarístico Internacional,
acompanhando, com grande fé, devoção e humildade e sem poupar sacrifícios,
todos os exercícios e cerimônias. O corpo do Conde d'Eu foi depositado a 31 de
agosto de 1922 na Igreja da Santa Cruz dos Militares, no Rio, onde o visitou, a
2 de setembro, o nosso caro confrade Adroaldo Mesquita da Costa, que
achando-se, então, na capital da República, fez a gentileza de deixar no livro
de presença, declaração de que também me representava, enviando-me, logo após,
um cartão postal, que ainda conservo, com as seguintes
palavras: "Acabo de chegar da visita que fiz à Igreja da Santa Cruz
dos Militares, onde fui visitar o corpo do MARECHAL DA VITÓRIA, o nosso saudoso
Conde d'Eu".
A 30 de setembro, o corpo
do grande príncipe seguiu para a França, no paquete brasileiro Curvelo, sendo
deposto a 26 de outubro, no sarcófago da capela mortuária da Casa Real de
França, em Dreux, junto ao de sua excelsa esposa, a princesa D. Isabel".
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(1) D. Pedro Henrique
era então o Chefe da Casa Imperial do Brasil pelo falecimento de sua avó, D.
Isabel, em 1921. Tinha 12 anos de idade e era do maior interesse do Conde d'Eu
apresentá-lo aos brasileiros.
(2) Morto em odor se
santidade, aos 20 anos de idade, recomendamos que leiam em Documentos, o resumo
de sua vida de autoria do Capelão de D. Isabel na França.
(3) D. Pia Maria,
Princesa Imperial do Brasil de 1931 até o nascimento de D. Luiz, atual Chefe da
Casa Imperial do Brasil, nas memórias que editou de sua mãe, nada
menciona sobre as homenagens prestadas ao Conde d'Eu no Rio de Janeiro.
Preferimos nos abster de comentar seu relato deixando o tópico em aberto para
quem melhor conheça o assunto.
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