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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

UNIÃO AMIGA ENTRE O TRONO E O ALTAR


União amiga entre o Trono e o Altar


Discurso pronunciado por D. Antônio Macedo Costa, companheiro de D. Vital, e com ele preso por ordem do gabinete chefiado pelo Visconde do Rio Branco. Anos depois, em 28 de setembro de 1888,em homenagem a Princesa Isabel, por ocasião da entrega da Rosa de Ouro, oferecida à princesa pelo Papa Leão XIII, D. Antônio pronuncia famoso discurso, no qual se destaca esse trecho, verdadeiro programa para o novo reinado.

"Abolimos o cativeiro material. Foi muito; mas isto foi apenas o começo; removemos um estorvo e nada mais. Cumpre agora abolir o cativeiro moral: é necessário resgatar as almas de tudo o que é baixo, vergonhoso, degradante. Restaurar moral e religiosamente o Brasil! Esta é a obra das obras; a obra essencial, a obra fundamental sobre que repousa a estabilidade do trono e o futuro da nossa nacionalidade. Senhores, nós atravessamos uma hora perturbada e cheia de tristezas: assistimos a desfalecimentos deploráveis, a uma tendência para derruir as tradições do passado sob o pretexto de preparar mais auspicioso porvir... Há uma cousa que permanece, uma cousa firme, constante, que vigora, que tem vida, com que se pode contar para o futuro: é a religião de Jesus Cristo, ensinada pela Igreja Católica há dezoito séculos, com a assistência do Espírito do mesmo Cristo. Aí está a força que restaura, aí está a força que salva, que adianta seguramente os povos nos caminhos do verdadeiro progresso - o que tem por ponto de partida o Evangelho... A força material da autoridade pública apenas atinge o corpo, - quando atinge! É preciso uma força superior, sobrenatural, que penetre até às almas, que chegue até o fundo das consciências para lá depor os germens fecundos da honra e da virtude. Pois bem, Senhores, já que o Sumo Pontífice, o maior representante da Religião, o homem que exerce a maior força moral neste mundo, em uma crise tão memorável da nossa vida social vem a nós, cheio de benevolência e amor pela nossa Nação, vamos nós ao Sumo Pontífice ! Estreitemos com ele laços de amor, de gratidão, de filial obediência."

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

PIO IX LIBERAL?

“É seguro que não ignorais, veneráveisirmãos, que em nossos tempos muitos dos inimigos da Fé Católica dirigem seusesforços especialmente em pôr toda opinião monstruosa no mesmo nível que adoutrina de Cristo, ou em confundir esta com aquelas, e assim tentam eles cadavez mais propagar aquele ímpio sistema da indiferença de religiões.
Mas muitorecentemente, trememos em dizê-lo, homens apareceram que lançaram taisreprimendas sobre o Nosso nome e a Nossa dignidade Apostólica, que eles nãohesitam em caluniar-Nos, como se Nós compartilhássemos da loucura deles efavorecêssemos o mencionado sistema perversíssimo.
A partir dasmedidas, de modo nenhum incompatíveis com a santidade da religião católica,que, em certos casos relativos ao governo civil dos Estados Pontifícios, Nósconsideramos apropriado por bondade adotar, como tendentes à utilidade eprosperidade públicas, e a partir da anistia graciosamente concedida a algunsdos súditos do mesmo Estado no início do Nosso Pontificado, parece que esseshomens quiseram inferir que Nós pensamos com tanta benevolência acerca de todaclasse de gente, a ponto de supor que não somente os filhos da Igreja, mastambém o restante, independentemente do quão alienados da unidade católicapermaneçam, igualmente estejam no caminho da salvação, e possam chegar à vidaeterna.
Ficamos paralisadosde horror e quase sem palavras para expressar Nossa detestação dessa nova e atroz injustiça que Nos é feita.
Amamos, de fato,toda a humanidade com o mais íntimo afeto de Nosso coração, mas não de outromodo senão no amor de Deus e de Nosso Senhor Jesus Cristo, que veio para buscare salvar aquilo que havia perecido, morreu por todos, quer que todos os homenssejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade; por isso, enviou Seusdiscípulos para o mundo inteiro, para pregar o Evangelho a toda criatura,proclamando que quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer serácondenado; aquele, pois, que quiser ser salvo, venha para a coluna e ofirmamento da Fé, que é a Igreja; venha para a verdadeira Igreja de Cristo, queem seus Bispos e no Romano Pontífice, o chefe e cabeça de todos, tem a sucessãoda autoridade apostólica, jamais interrompida em momento algum; a qual nuncaconsiderou nada mais importante do que pregar e, por todos os meios, guardar edefender a doutrina proclamada pelos Apóstolos, por mandato de Cristo; a qual,desde o tempo dos Apóstolos em diante, aumentou em meio a dificuldades de todosos tipos; e, sendo ilustre através do mundo todo pelo esplendor dos milagres,multiplicada pelo sangue dos mártires, exaltada pelas virtudes de confessores evirgens, reforçada pelos sapientíssimos testemunhos dos Padres, floresceu efloresce em todas as regiões da terra, e brilha refulgente na perfeita unidadeda Fé, dos Sacramentos e da santa disciplina.”

(PIO IX, na Alocução aos Cardeais no Consistório de 17 de dezembro de 1847)

Tradução cedida por Felipe Coelho