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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

DOM MAYER E A INDEPENDÊNCIA

"Independência ou Morte", quadro de 1888 pintado por Pedro Américo
Boletim Diocesano, nº 69, setembro de 1977*
Campos, 16 de agosto de 1977

Revmo. Padre

Como todos os ano, o Governo do Estado promove a Semana da Pátria, no m~es de setembro, envolvendo o dia 7, data da nossa emancipação política.
Tem essa comemoração o fim de avivar e tornar mais denso o amor à nossa Pátria, à nossa terra, à nossa gente, ÀS NOSSAS TRADIÇÕES CRISTÃS.
Anuindo a um amável convite do Governo, determinamos:
1) Que no dia 7 de setembro SE REPIQUEM OS SINOS DAS IGREJAS, ÀS 17 HORAS, POIS FOI O MOMENTO EM QUE D. PEDRO I PROCLAMOU A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL;
2) A essa mesma hora, na Catedral do SS. Salvador, Missa em Ação de Graças pelos benefícios com que a Munificência Divina cumulou nossos País e nosso povo;
3) Onde for possível, celebrem também os párocos, Vigários e Reitores de igreja, à mesma hora e segundo as mesmas intenções;
4) Neste ano em que se aproveou o divórcio e se liberaram os anticoncepcionais, durante a semana da Pátria, em dia e hora mais conveniente, se faça nas igrejas Hora Santa em desagravo a Nosso Senhor Jesus cristo pelo menos prezo de suas leis que aquelas duas medidas envolveram.
Ao recomendar-nos às suas orações, enviamo-lhes cordial benção.



+ Antônio,
Bispo de Campos




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*Texto retirado do livro "O Pensamento de Dom Antônio de Castro Mayer", Editora Permanência, Rio de Janeiro, 2010, pág. 303. Exceto título, que no citado livro está como "Semana da Pátria", e caixas altas destacando o texto que são nossas.

domingo, 19 de agosto de 2012

COMO A SANTA COROA PAROU NAS MÃOS COMUNISTAS


Desde 1945, com anuência do Parlamento Europeu e do Arquiduque Otto de Habsburgo a Santa Coroa foi colocada no Forte Knox, mesmo lugar onde é guardado o tesouro americano, para assim ficar protegida do governo comunista que tomara conta do Estado Húngaro, não podendo ser retirada senão com permissão do Sumo Pontífice, do presidente dos Estados Unidos e do Arquiduque da Áustria.

Ocorreu que na mesma época em que, para escapar da prisão e maus tratos dos inimigos da religião, o Cardeal Midzensty se refugiara na embaixada dos EUA na Hungria, o papa Paulo VI com apoio do presidente James (Jimmy) Carter, e contra a vontade do Arquiduque Otto, retiraram a Santa Coroa do Forte Knox e a entregaram ao governo comunista que veementemente a reivindicara por anos.

Em 5 de janeiro de 1978 a posse da coroa foi finalmente transferida para o governo da Hungria. Ato lamentável que se equipara à entrega simbólica da Igreja e do Estado húngaro às mãos do Partido Comunista e que da parte do esquerdista Jimmy Carter se explica, mas que indispôs o cardeal Midzensty e o Arquiduque Otto com o papa Paulo VI, conjuntamente com o povo húngaro que viu seu tesouro mais sagrado e precioso ser trasladado para a posse dos tiranos.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

UNIÃO AMIGA ENTRE O TRONO E O ALTAR


União amiga entre o Trono e o Altar


Discurso pronunciado por D. Antônio Macedo Costa, companheiro de D. Vital, e com ele preso por ordem do gabinete chefiado pelo Visconde do Rio Branco. Anos depois, em 28 de setembro de 1888,em homenagem a Princesa Isabel, por ocasião da entrega da Rosa de Ouro, oferecida à princesa pelo Papa Leão XIII, D. Antônio pronuncia famoso discurso, no qual se destaca esse trecho, verdadeiro programa para o novo reinado.

"Abolimos o cativeiro material. Foi muito; mas isto foi apenas o começo; removemos um estorvo e nada mais. Cumpre agora abolir o cativeiro moral: é necessário resgatar as almas de tudo o que é baixo, vergonhoso, degradante. Restaurar moral e religiosamente o Brasil! Esta é a obra das obras; a obra essencial, a obra fundamental sobre que repousa a estabilidade do trono e o futuro da nossa nacionalidade. Senhores, nós atravessamos uma hora perturbada e cheia de tristezas: assistimos a desfalecimentos deploráveis, a uma tendência para derruir as tradições do passado sob o pretexto de preparar mais auspicioso porvir... Há uma cousa que permanece, uma cousa firme, constante, que vigora, que tem vida, com que se pode contar para o futuro: é a religião de Jesus Cristo, ensinada pela Igreja Católica há dezoito séculos, com a assistência do Espírito do mesmo Cristo. Aí está a força que restaura, aí está a força que salva, que adianta seguramente os povos nos caminhos do verdadeiro progresso - o que tem por ponto de partida o Evangelho... A força material da autoridade pública apenas atinge o corpo, - quando atinge! É preciso uma força superior, sobrenatural, que penetre até às almas, que chegue até o fundo das consciências para lá depor os germens fecundos da honra e da virtude. Pois bem, Senhores, já que o Sumo Pontífice, o maior representante da Religião, o homem que exerce a maior força moral neste mundo, em uma crise tão memorável da nossa vida social vem a nós, cheio de benevolência e amor pela nossa Nação, vamos nós ao Sumo Pontífice ! Estreitemos com ele laços de amor, de gratidão, de filial obediência."